A Orla da lagoa da Pampulha está recebendo uma obra que implementará ciclovia nos 7 kilômetros que ainda não possuem espaço destinado aos ciclistas que lá trafegam para se deslocar pela cidade ou por lazer.

Não obstante de ser um projeto de interesse coletivo para que Belo Horizonte caminhe rumo à um desenvolvimento urbano mais sustentável, a ciclovia vem recebendo críticas de diversas pessoas e por múltiplas razões.

A BH em Ciclo – Associação dos Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte, recentemente, publicizou um documento explicitando a razão da Associação defender o projeto de ciclovia segregada da pista de rolamento e mão dupla. No entanto, a BHTrans, não atendendo às normas previstas no Caderno Bicicleta Brasil, do Ministério das Cidades, e nem às sugestões dos ciclistas que compõem o GT Pedala BH, começou a implementar a ciclovia com diversos erros. Erros esses que, ainda que já tenham sido cometidos, conseguem ser reparados com pequenos ajustes. Vale lembrar que há muitos anos a lagoa já contava com 11 kilômetros de ciclovia, na calçada. Essa ciclovia original também tem problemas, que não foram reparados com a manutenção realizada nos últimos meses, mas que ainda o pode ser feito.

A Orla da lagoa conta, também, com a prática do ciclismo esportivo (de alta velocidade). O sr. Rogério Pacheco tem um projeto de ciclofaixa, sentido único e, por definição, sem segregação que é defendido por diversos outros cidadãos que fazem o mesmo uso da bicicleta.

Recentemente, aconteceu uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para discutir a ciclovia/faixa da Pampulha. Para espanto geral, a audiência fora marcada no dia 23/08/13 para ser realizada no dia 27/08/13. Nesse interim, a BH em Ciclo, que ajudou na organização do evento “Construindo Cidades Inteligentes”, ou seja, estava na mailing da ALMG, não foi convidada.

No dia 23 de setembro, aconteceu mais uma Audiência Pública, agora na Câmara Municipal de Belo Horizotne (CMBH). Dessa vez, a BH em Ciclo foi convidada a participar e, ainda, compor a mesa. A Associação dos Ciclistas Urbanos, tendo como presente na mesa o membro sr. Augusto Schmidt, fez sua apresentação, assim como o sr. Rogério Pacheco. Outras instituições fizeram suas colocações, favoráveis (ou não) à ciclovia e à ciclofaixa.

Depois de muito se discutir, chegou-se a um acordo de que a colocação dos objetos que segregariam a ciclovia seria interrompida até que fosse feita uma vistoria ao local em data futura a ser marcada. A BH em Ciclo aprovou a ideia, haja vista que os conflitos que a obra, por seus erros, estavam causando eram latentes.

O Deputado Gilberto Abramo sugeriu a criação de uma comissão para vistoriar a lagoa da Pampulha. Todos aprovaram. No entanto, como na Audiência Pública da ALMG, o sr. Abramo, por alguma razão, não estendeu o convite da vistoria à BH em Ciclo.

Por essa razão, a BH em Ciclo demostra sua insatisfação com essa prática não transparente de fazer política e discutir a coisa pública, haja vista que a lagoa da Pampulha, a despeito de ter um conflito sobre a criação de uma ciclovia ou ciclofaixa, é parte de Belo Horizonte, ou seja, é um local público.

Destarte, a BH em Ciclo solicita a inclusão do e-mail bhemciclo@gmail.com para que a Associação seja convidada a participar das discussões, audiências, vistorias e divulgações de temas relacionados à mobilidade urbana e, principalmente, por bicicleta, pois atinge a todos os ciclistas. 

Ofício da ALMG convidado para a vistoria (enviado à BH em Ciclo por um integrante do grupo dos ciclistas esportistas)