Na reunião realizada dia 04 de março de 2013, do grupo de trabalho Pedala BH, formado entre a BHTrans e ciclistas para discutir o programa de mobilidade por bicicleta de Belo Horizonte, foi solicitado que os ciclistas se manifestassem sobre as três próximas ordens de serviço de ciclovias a serem executadas. Para formar um posicionamento institucional, a BH em Ciclo convocou os ciclistas para discutir a prioridade dos projetos. Mauro Luiz, coordenador do Pedala BH, também foi convidado para fazer uma explicação geral dos projetos.
Está em vigor um contrato no valor de 4,3 milhões de reais (com possibilidade de ser aditivado em 25%) para construção e manutenção de rotas cicloviárias. A BHTrans tem em mãos, atualmente, projetos de cerca de 50 trechos, dentre os quais foram selecionados 22 para serem executados no âmbito deste contrato, conforme cronograma passado pela BHTrans. Destes, 5 já foram executados ou estão em execução (Av. João Pinheiro, Av. Flemming, Rua Rio de Janeiro, Rua Fernandes Tourinho e Av. João XXIII). Um outro trecho, a Av. Sicília, já havia sido avaliado presencialmente pelo GT Pedala BH, chegando à conclusão de que não há necessidade de implantar qualquer estrutura cicloviária lá, em função da baixa atratividade e declive acentuado. Sobraram, portanto, 16 trechos dentre os quais deveriam ser selecionados os três mais prioritários no curto prazo. Critérios importantes levantados eram a demanda de ciclistas, a conexão com outras rotas, a ligação intermodal, entre outros.
No dia 7 de março, reuniram-se cerca de 15 ciclistas na Praça Floriano Peixoto para realizar a discussão para formar o posicionamento da BH em Ciclo. Inicialmente Mauro Luiz fez uma explanação geral de cada um projeto, falando principalmente sobre a viabilidade técnica de cada trecho. A grande maioria esbarra no problema do asfalto ruim, que dificulta muito a implantação a curto prazo. Para que os prismas de concreto ou tachões se fixem ao chão, seria necessário recapear o asfalto (função que em princípio não é do Pedala BH, mas da Sudecap), o que diminuiria a verba para a sinalização efetiva dos trechos. Isso reduziu muito as opções, sobrando cerca de 6 trechos viáveis de fato.
Além disso, foi levantado por muitos presentes a preocupação de não concentrar as ciclovias apenas na região centro-sul, mas sim priorizar trechos que beneficiam um contingente maior de pessoas, principalmente trabalhadores. Por outro lado, alguns se manifestaram a favor de focar na região central inicialmente, pois geraria maior visibilidade para a causa ciclística e atenderia um número crescente de ciclistas que circulam pela região, apesar de não atender significativamente trajetos casa – trabalho.
Ao final das discussões foi realizada uma votação. Apenas 9 ciclistas quiseram opinar e 6 trechos receberam ao menos um voto: Clóvis Salgado, MG-020, Guajajaras, Carandaí, Olegário Maciel e Barbacena. Com relação à Barbacena foram levantados sérios questionamentos com relação à sua utilidade (avenida tranquila e com baixa demanda de ciclistas) e à forma como seria implantada de acordo com o projeto (em cima do canteiro central). Foi geral a opinião de que não se deve tirar espaço do pedestre para beneficiar o ciclista e o trecho da Barbacena foi retirado das prioridades. Por consequência, também foi eliminado o trecho da Olegário Maciel, que em tese só faria se sentido se conectado ao da Barbacena. Os trechos Carandaí e Guajajaras também foram votados, mas não de maneira significativa. Ao final da votação foi definido pelo grupo que, a priori, a BH em Ciclo se posiciona a favor dos trechos da Clóvis Salgado e MG-020.
Foi levantada a necessidade de realizar um estudo de demanda, principalmente para a Av. Clóvis Salgado, para certificar a sua importância. Vale ressaltar que foi combinado que em um momento posterior serão analisados os detalhes técnicos de cada projeto. Também foi levantada a possibilidade de avaliar os outros projetos que estão prontos, mas que não estão no cronograma.
Os projetos do Pedala BH foram todos concebidos e geridos sem a participação dos ciclistas e, por isso, carregam “pecados originais” que demandam uma revisão profunda de todo o sistema. O GT Pedala BH foi formado em um momento em que o contrato de construção das ciclovias já estava a todo vapor e repleto de problemas. O grupo está correndo contra o tempo para ajudar a fazer com que as verbas do contrato sejam melhor empregadas, o que impede que a curto prazo sejam tratadas pautas mais substancias, como a essência do programa, projetos de educação para o trânsito, ciclovias em avenidas de grande demanda (Av. dos Andradas, Av. Cristiano Machado, etc.), entre outros.
Este texto representa apenas o posicionamento da BH em Ciclo sobre a questão, que será levado para a discussão na reunião do grupo de trabalho no dia 11/03 na Gerência de Estacionamentos da BHTrans, na Av. Álvares Cabral, 593 – 17º andar.
Sobre a av. Clóvis Salgado, foi pintada a ciclo faixa até a av. Serrana e só, não há sinalização adequada e não colocaram os tachões na pista. É invadida todo o tempo pelos motoristas.
Olá! sou ciclista e não pude participar das reuniões.Gostaria de sugerir ciclovia na região que liga os bairros Barreiro de Cima e Barreiro de BAixo, pela Av Olinto Meireles.È um trecho de ligação de um bairro residencial a um bairro com forte centro comercial ( o terceiro maior de Bh). Faz parte da rotina local o intenso uso de bicicletas mas não temos local apropiado e é sta uma avenida de grande fluxo de carros.Um abraço e obrigado