2013 – Pesquisa feita pela internet
Em 2013, a BH em Ciclo realizou uma pesquisa com 499 respostas entre ciclistas e não-ciclistas (pessoas que não pedalam na cidade), sendo 95% delas coletadas pela internet e 5% presencialmente. Foram 33 perguntas relacionadas às pessoas, ao uso da bicicleta, à infraestrutura ciclística, à educação no trânsito e à legislação relativa a esse modal. Apresenta-se a seguir alguns resultados, a título de comparação:
– 25% se identificou como mulher e 75% como homens.
– 19% não usava a bicicleta, 46% de 1 a 3 vezes por semana, 23% de 4 a 6 vezes e 12% todos os dias.
– 37% das pessoas usavam a bicicleta como lazer, 31% como esporte, 30% transporte e 2% outros.
– 2% tinha entre 14 e 17 anos, 9% entre 18 e 22 anos, 39% entre 23 e 29 anos, 35% de 30 a 39, 11% de 40 a 49 anos e 3% de 50 a 59.
O restante dos resultados pode ser vistos aqui.
2014 – Questionário aplicado na Massa Crítica de janeiro de 2014
Em 2014, durante a concentração do que viria a ser a maior Massa Crítica da história, a BH em Ciclo aplicou um questionário mais simples que o de 2013, mas com quase 100% das 241 respostas presenciais. As poucas respostas recebidas online foram enviadas a pessoas que solicitaram preencher o questionário. Ou seja, não houve espaço para preenchimento online da pesquisa aberto a qualquer cidadão.
Nas entrevistas escritas, as perguntas que não foram respondidas pelos cidadãos foram marcadas como “Não importante”, por acreditar-se que a pessoa não a respondeu por não considera-la relevante o suficiente para tal.
Foram 19 perguntas entre dados pessoais, ao uso da bicicleta, à infraestrutura ciclística, e à impressão delas sobre o uso da bicicleta na cidade. Apresenta-se a seguir alguns resultados, a título de comparação:
– 30,33% se identificaram como mulheres, 1,23% deixaram em branco a resposta e 68,44% se identificaram como homens.
– 1,65% tinham entre 14 e 17 anos, 12% entre 18 e 22 anos, 34% entre 23 e 29 anos, 39% de 30 a 39, 4% de 40 a 49 anos, 4% tinham mais de 50 e 5% não responderam à pergunta.
– 76% das pessoas utilizam a bicicleta como modo de transporte (e também esporte e/ou lazer).
As demais perguntas foram relativas à compreensão das pessoas sobre alguns aspectos da estrutura cicloviária da cidade. Destaque para a avaliação sobre as estruturas cicloviárias da cidade:
– 22% péssimas | – 36% ruins | – 12% aceitáveis | – 2% boas
2015 – A pesquisa ‘Descobrindo como #BHPedala’ – 2015
Diante da necessidade de se obter dados sobre quem está usando a bicicleta em Belo Horizonte e também sobre quem ainda não o faz, as duas instituições realizadoras da pesquisa (BH em Ciclo e Nossa BH) contaram com apoio de mais de 30 outras instituições de diversos setores sociais para a aplicação e divulgação. Dentre os principais objetivos da pesquisa, pode-se listar:
– Compreender como @s ciclistas vêem a política de ciclomobilidade em Belo Horizonte;
– Obter mais informações sobre o perfil d@ ciclista e dos seus deslocamentos;
– Avaliar o que @s ciclistas acham das estruturas oferecidas na cidade;
– Saber quais as estruturas cicloviárias que as pessoas preferem;
– Entender as demandas gerais d@ ciclista belo-horizotin@;
– Levantar dados sobre o conhecimento das pessoas sobre o uso da bicicleta em Belo Horizonte;
A pesquisa foi feita 100% online, através do site http://bhpedala.ga/. Após quase 40 dias, foram recebidas 1.043 respostas válidas. No total, foram 52.326 dados levantados e que podem ser cruzados entre si em busca dos mais diversos resultados sobre o uso da bicicleta em Belo Horizonte. Além destes dados, foram enviadas 471 sugestões, elogios ou reclamações por extenso na parte destinada a “Quer dizer mais algo sobre o uso das bicicletas em Belo Horizonte?”.
LINKS PARA DOCUMENTOS SOBRE A PESQUISA
- LINK PARA A PLANILHA COM TODOS OS DADOS ABERTOS – https://goo.gl/iozGM7.
- LINK PARA O PPT – https://goo.gl/37V8et.
- LINK PARA A SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS RELATIVOS SOMENTE A QUEM PEDALA (917 das 1043 respostas) – https://goo.gl/zx5yQB. (ESTE DOC)
- LINK PARA OS DADOS RELATIVOS SOMENTE ÀS PESSOAS QUE SE IDENTIFICARAM COMO MULHERES E QUE RESPONDERAM AO QUESTIONÁRIO (315 das 1043) – https://goo.gl/VVcV9r.
- LINK PARA A SISTEMATIZAÇÃO GERAL – https://goo.gl/L1D2eO.
TCC sobre o uso da bicicleta em Belo Horizonte – MOBILIDADE URBANA EM BELO HORIZONTE: Análise da inserção da bicicleta como meio de transporte – Gustavo Leal
O Brasil é um país urbano, onde mais de 80% de sua população vive em áreas metropolitanas. A mobilidade urbana passou a ser tema recorrente nas discussões da gestão pública, dado o crescimento da frota de veículos automotivo, as questões ambientais, os grandes congestionamentos que assolam as cidades, questões de saúde pública etc. O planejamento urbano deixa de ser pensado em tópicos, para ser feito de forma interdisciplinar. O referencial teórico deste estudo apresenta como as diversas áreas de uma administração municipal estão interligadas e todas essas questões se apresentam como mobilidade urbana: sustentabilidade (preocupação com o bem estar do cidadão e do meio ambiente), habitação, ocupação e uso do solo, transporte etc. Diante deste panorama, este trabalho estudou a bicicleta no contexto da mobilidade urbana. Buscou compreender a razão pela qual este modal de transporte é tão pouco utilizados no cotidiano. O foco foi a cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Apresentou-se um referencial teórico embasado principalmente em pesquisa e planejamento feito para a região metropolitana em questão. Foi feito um levantamento de dados através de questionário, com perguntas abertas e fechadas, divulgado na Internet através de site de redes sociais. As informações foram tratadas de forma quantitativa e qualitativa (quanti quali). Os resultados demonstram que existe potencial para a utilização da bicicleta como meio de transporte em Belo Horizonte, contudo é urgente a necessidade de investimentos em infraestrutura e campanhas educativas de incentivo e sensibilização para que o paradigma das cidades pensadas para veículos automotores seja “quebrado” e assim, mais indivíduos saiam as ruas para pedalar e desfrutar de um espaço público dedicado as pessoas.
Acesse o TCC inteiro, as respostas e o PPT da pesquisa clicando aqui.
Projetos de ciclistas enfrentam dificuldades para execução
Transitar usando as bicicletas, além de melhorar a questão da convivência harmônica e a segurança da cidade, traz grandes benefícios para o trânsito e meio ambiente. Pode-se comparar a ocupação das ruas pelos diversos meios de transporte. É evidente que o carro ocupa mais espaços e, além disso, eles também emitem mais poluentes, piorando a qualidade do ar da cidade e do mundo. Vários municípios já estão fazendo o movimento contrário, de desincentivar o uso do veículo automobilístico. Amsterdam é a cidade exemplo no mundo todo e outras europeias como Munique já começaram suas campanhas.
Leia o artigo da Flora Silberschneider na íntegra nesse link.
Análise das políticas públicas de incentivo aos meios de transporte não motorizados em Belo Horizonte: Reflexões sobre a rede cicloviária da região da Pampulha
A bicicleta é utilizada no mundo inteiro e em alguns países como China, Índia, Holanda e Japão, este tipo de transporte é muito comum. Porém, para as pessoas que escolhem utilizar a bicicleta como meio de transporte, as facilidades no trânsito são implantadas lentamente, principalmente nos países em desenvolvimento, onde, muitas vezes, os espaços viários tornam-se inadequados para comportar de maneira harmônica a quantidade crescente de veículos motorizados e os ciclistas. Em Belo Horizonte, essas facilidades começaram a ser implantadas há cerca de 10 anos, mas os ciclistas da Capital ainda enfrentam diversas dificuldades para circular com segurança e conforto.
O trabalho de Priscilla Dutra Dias Viola descreve e analisa a implantação do Programa PedalaBH na região da Pampulha
em Belo Horizonte. De maneira mais específica, busca-se analisar a situação atual da região da Pampulha e identificar os pontos críticos, em especial as interseções e trechos descontínuos na rede cicloviária existente na área em estudo. O trabalho também apresenta as políticas nacionais e municipais de incentivo ao uso dos modos não motorizados vigentes e como a sua aplicabilidade está sendo abordada em algumas cidades do País e em Belo Horizonte.
Por fim, a partir do diagnóstico feito, a autora elaborou propostas de intervenção ou de adequações a serem feitas nos pontos críticos apresentados, levando em consideração que a segurança e o conforto do ciclista devem ser garantidos e a sua circulação deve ser sempre priorizada diante do tráfego motorizado.
Leia a monografia na íntegra clicando aqui.
A bicicleta como meio de transporte: mapeamento temático de rotas usadas na Região Centro-Sul de Belo Horizonte
A bicicleta, veículo de propulsão humana, contribui para o desenvolvimento sustentável da mobilidade urbana, hoje uma problemática das grandes metrópoles. As rotas de viagem desenvolvidas de bicicleta relacionam-se às individualidades do ciclista e as características do meio. No intuito de investigar as relações espaciais de rotas de bicicleta, o presente trabalho coletou, através de entrevistas, dados e trajetos regulares de ciclistas de um grupo focal, o movimento Massa Crítica de Belo Horizonte.
Após vetorização, tabulação e georrefereciamento das rotas em base cartográfica de vias públicas, produziu-se uma hierarquia de densidade de linhas em sobreposição. Esta densidade de rotas foi sobreposta aos dados geográficos de declividade e estrutura cicloviária da área de estudo, atributos estes espacializados e processados no Sistema de Informações Geográficas a partir de técnicas em geoprocessamento.
Como resultado, o autor expôs as diferenças de utilização das vias, suas relações com as declividades de rampas e com as tipologias cicloviárias (ciclovias, ciclofaixas e ciclovias sobre calçadas). Pode-se destacar neste resumo a observação de maior concentração de rotas na região central; canalização de rotas em vias de menor declividade; diferenças de utilização da estrutura cicloviária; alta atração de rotas para uma das tipologias de ciclovia segregada.
.Acesse o conteúdo da monografia de Antônio Henrique Almeida Rocha por esse link.
2016 – A pesquisa ‘Descobrindo como #BHPedala’ – 2016
Entre os dias 18 de agosto e 18 de setembro de 2016, a BH em Ciclo – Associação dos Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte realizou com apoio de várias instituições, grupos e movimentos, a pesquisa Descobrindo como #BHPedala – 2016. Entre os objetivos dela estavam:
- Obter informações sobre o perfil da e do ciclista e dos seus deslocamentos;
- Avaliar o que as e os ciclistas acham das estruturas oferecidas na cidade;
- Entender algumas demandas de quem pedala na capital mineira;
- Levantar dados sobre o conhecimento das pessoas sobre o uso da bicicleta em Belo Horizonte;
- Compreender de onde saem e para onde vão as pessoas que estão usando a bicicleta na cidade;
- saber se as e os ciclistas utilizam estruturas cicloviárias, qual trajeto e o tempo gasto para fazê-lo.
A pesquisa foi realizada de forma online, através do site https://bhemciclo.typeform.com/to/jaajr8. Foram recebidas 601 respostas válidas, gerando 22.155 dados que podem ser cruzados entre si em busca dos mais diversos resultados sobre o uso da bicicleta em Belo Horizonte.
LINKS PARA DOCUMENTOS SOBRE A PESQUISA
- LINK PARA RELATÓRIO ANALÍTICO DA PESQUISA 2016 – https://goo.gl/k0RY0x.
- LINK PARA OS MAPAS– https://goo.gl/4YHP9z.
- LINK PARA PLANILHA COM OS DADOS ABERTOS – https://goo.gl/Pz9V4H
2017 – NOVOS DESAFIOS PARA A MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL: O ESTUDO DE CASO DO USO DA BICICLETA EM BELO HORIZONTE
O crescimento das cidades ao longo dos últimos anos coloca a questão urbana no centro das discussões sobre o futuro da civilização. Temas como meio ambiente, saúde, economia e igualdade social questionam o modo como as cidades de hoje estão se desenvolvendo e desafiam uma nova geração de planejadores a encontrar soluções alternativas para cidades mais sustentáveis. A mobilidade das pessoas é uma das questões relacionadas ao desenvolvimento das cidades já que é a partir do deslocamento pelo território que os cidadãos têm acesso às oportunidades que um centro urbano oferece: emprego, serviços, cultura, lazer, etc. Hoje, o paradigma do planejamento, que prioriza o deslocamento dos automóveis em detrimento de outros meios de transporte, precisa ser questionado e, novas alternativas onde prevaleçam os meios de transporte coletivos e ativos, precisam ser apresentadas às sociedades . Antes afastada dos espaços públicos centrais e esquecida pelas classes sociais mais dominantes, a bicicleta reaparece na cena urbana como a melhor resposta para alcançar uma mobilidade sustentável principalmente quando associada aos transportes coletivos. O objetivo deste trabalho é entender as novas relações no espaço da cidade que a bicicleta quando usada como meio de transporte pode criar para que novas políticas em favor do ciclismo sejam formuladas. Percebe-se que existe uma dificuldade na aplicação da legislação e de recursos públicos em ações voltadas para o transporte ativo. A pesquisa usa a experiência de Belo Horizonte em implantar uma rede cicloviária eficiente que possa atender às necessidades dos usuários e estimular a presença de novos ciclistas na cidade.
Acesse o conteúdo da monografia de Luciana de Assis Lage por esse link.
2017 – ENTRE ESCALAS: Coletivos ativistas pela mobilidade na cidade de Belo Horizonte, MG
O artigo discute o tema da mobilidade urbana tendo como recorte as ações promovidas pelos coletivos ativistas na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Para isso, o trabalho propõe mapear, compreender e debater as ações promovidas por esses coletivos na busca de melhorias do espaço público a partir de dois movimentos principais: (1) apresentação desses coletivos, caracterização de suas ações e mecanismos de diálogos com outros sujeitos, obtidos em mapeamento de dados secundários e entrevistas e (2) análise documental de textos extraídos da imprensa escrita e televisiva, com o intuito de perceber o comportamento transescalar das ações promovidas por esses grupos. As discussões indicam fragilidades e entraves enfrentados pelos coletivos em suas ações, mas evidenciam que a articulação entre escalas – da sociedade civil de forma mais ampla ao Estado – pode ser o elemento fundamental para conquistas efetivas. Para além dos instrumentos que procuram aprimorar e/ou garantir maior mobilidade no espaço urbano originados nos setores técnicos do poder público, a pesquisa pretende colocar em pauta o papel de outras escalas/esferas nesse campo de atuação.
Acesso o artigo DIRETAMENTE AQUI e o livro completo no qual ele se encontra AQUI.
2018 – Towards sustainable urban mobility in the city of Belo Horizonte? The cycling movement and its political opportunity structure, Maastricht, Holanda.
A cidade de Belo Horizonte, Brasil, é um exemplo de uma cidade latino-americana orientada para carros que enfrenta diversos desafios relacionados à sustentabilidade. Com o objetivo de mudar a atual realidade, políticas de mobilidade urbana foram elaboradas com o foco na promoção de um padrão mais sustentável. Ao mesmo tempo, movimentos sociais urbanos, como o movimento ciclístico da cidade que visa promover a mobilidade por bicicletas, vêm demandando mudanças. No entanto, resultados não têm sido percebidos pelo movimento ciclístico. Essa dissertação analisou a Estrutura de Oportunidade Política (EOP) do movimento ciclístico de Belo Horizonte, tendo como foco a Associação de Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte – BH em Ciclo, em uma tentativa de explicar a divergência entre arranjos de políticas públicas favoráveis e a falta de resultados positivos. Nesse estudo de caso, um arcabouço adotando o conceito de EOP para o nível urbano foi sugerido, o EOPU, e entrevistas realizadas. Foi encontrado que a EOPU cria barreiras como pontos fracos de acesso à política institucional, a falta de acomodação do tema na sociedade e uma estrutura governamental inadequada para lidar com as demandas do movimento ciclístico. Por outro lado, a EOPU oferece oportunidades como potencial para alianças com atores políticos
relevantes.