No espaço citado na reportagem, avenida Carandaí, deveria ter sido construída uma ciclovia, que faria a ligação entre o trecho da Bernardo Monteiro, em frente à Praça do Ciclista, e a ciclofaixa da avenida João Pinheiro.
No início desse ano, nas discussões do GT Pedala BH, a BHTrans afirmou que nesse e em outros locais havia a previsão da execução dos projetos das ciclovias. Com intuito de difundir as informações sobre esses projetos na sociedade, a BH em Ciclo convidou membros da BHTrans para uma reunião aberta. Nela, entre outros assuntos, foi discutida a ciclovia da Avenida Carandaí. Ainda que esse trecho não tenha sido identifica na reunião como prioridade, a BH em Ciclo propos fazer uma vistoria do local, a fim de traçar um caminho efetivo entre o projetado para essa ciclovia e o que deveria ser executado.
Nas primeiras reuniões do GT Pedala BH em que o assunto “ciclovia da avenida Carandaí” foi abordado, os ciclistas presentem afirmaram a importância de se fazer a ciclovia na pista de rolamento. Segundo um dos ciclistas presentes à época:
“fazer a ciclovia no canteiro central, conforme a BHTrans quer, é continuar cedendo espaço para os carros ao invés das pessoas. É priorizar a circulação motorizada em detrimento da não-motorizada. Não é esse modelo de cidade e nem o tipo de ação prevista na Política Nacional da Mobilidade Urbana”.
Ainda com os questionamentos, a BHTrans afirmou que, para não se perder vagas, ali, a ciclovia teria de ser, pelo menos de um lado, em cima do canteiro central.
Passados mais de seis meses, a ciclovia não fora feita e, agora, o canteiro central já não existe. A razão de se destruir o canteiro central é a abertura da avenida para o fluxo de veículos motorizados. A BH em Ciclo questioná a BHTrans por conta dessa obra.
A Prefeitura de Belo Horizonte vai na contramão da Política Nacional da Mobilidade Urbana, do seu Plano Diretor, do Plano de Mobilidade Urbana Municipal e da construção de uma cidade mais humana e com espaços democratizados.
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