Há algum tempo, a BH em Ciclo postou um artigo com os perigos de se implementar ciclofaixas sem os devidos cuidados com os ciclistas. Um dos problemas das novas ciclofaixas da capital, construídas pelas BHTrans nos últimos meses, tem sido a falta de espaço entre o estacionamento e a própria faixa do ciclista. Após as críticas terem sido publicadas nesse blog e no Facebook da BH em Ciclo, o Estado de Minas, o Hoje em Dia e o Jornal Tudo se manifestaram para mostrar aos seus leitores o que tem sido feito pela BHTrans.
Essa falta de espaço reflete em um problema sério demais para ser ignorado pelas autoridades: o risco à vida do ciclista. Um ato simples para um motorista, que é abrir a porta de seu carro, pode significar o fim de uma vida. Na matéria da BBC News, conta-se o caso de um ciclista que perdeu sua vida quando um veículo abriu a porta. Uma solução bastante simples é citada como exemplar e vem da Holanda. Os motoristas/ocupantes dos veículos, são ensinados a abrirem a porta com a mão contrária. Fazendo isso, o motorista terá de curvar seu corpo e, assim, verá se há algum ciclista próximo ao veículo.
Mike Cavenett, of the London Cycle Campaign, says that “dooring” is one of the most common forms of accident that cyclists suffer across Europe, never mind London.
Tradução livre: Mike Cavenett, da London Cycle Campaign, disse que o “dooring” (ato de se abrir a porta próximo às ciclovias/ciclofaixas) é uma das formas mais comuns de acidente que os ciclistas sofrem, mas não é só em Londres, é na Europa inteira.
Pelo visto, é no mundo todo.
- Ciclofaixa da avenida João Pinheiro.
Péssimo exemplo: Ontem, domingo (16/12), milhares de pessoas foram assistir a iluminação de Natal da Praça da Liberdade e os veículos e pessoas tomaram conta da ciclofaixa da avenida João Pinheiro. Na subida para a Praça, ciclistas tiveram problemas com o excesso de pedestres que ignoraram o fato de ali ser uma ciclofaixa e não um passeio. No entanto, o maior problema não foi esse. Veículos pararam sem o menor cuidado com a ciclofaixa e vários motoristas deixavam suas portas abertas enquanto conversavam dentro de seus veículos. A ciclofaixa da João Pinheiro é exatamente do tamanho de uma porta aberta. Isso significa que não há área de espace para o ciclista e que a colisão só não é certa se o ciclista se jogar para cima do passeio, que está a 15cm do nível da ciclofaixa.
Nesta época senti na pela o problema da “Ciclofalsa” da João Pinheiro quando saindo de casa e descendo a João Pinheiro do começo ao fim pela tal faixa tive de por todo o caminho sinalizar com farol, apito e gestos para ser visto pelos pedestres que ali transitavam e pelos carros que estavam estacionados e alguns na eminência da abrir a porta.
E justamente por estar à esquerda dos carros, o desembarque do motorista sempre será um problema para ambos, ciclistas e motoristas.
O mesmo pode se dizer da ciclofaixa da Rua Rio de Janeiro!
Eu passei por essa experiência umas 3 vezes nestes dias festivos, subindo a João Pinheiro. Parava, ficava olhando e logo as pessoas saiam e davam passagem.
Você esqueceu de falar que a ciclofaixa virou lugar de colocar o banquinho para os “clientes” dos carrinhos de cachorro-quente.
Acho que devemos agir com educação, minha ideia de parar e ficar olhando, em silêncio, tem mobilizado as pessoas a agirem saindo da ciclofaixa!