Parece que a prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTrans, tem se superado negativamente quando executa os projetos do programa PedalaBH.
A BH em Ciclo, por meio de seus membros, percorreu as recém pintadas ciclofaixas das avenidas Tancredo Neves e João XXIII. Assim como nas demais que têm sido pintadas da noite para o dia, sem uma revisão ao projeto inicial ou consulta aos ciclistas, essas ciclofaixas demostram o descaso e/ou despreparo da BHTrans no planejamento e na execução do programa PedelaBH.
Conforme já foi dito nesse blog, a prefeitura tinha uma meta de 40km para o final do ano de 2011 e de 120 km para o final de 2012. Na busca por essas 40kms, a BHTrans tem feito os projetos da maneira que se pode ver nas fotos abaixo.
O risco à integridade física dos ciclistas nessas novas ciclofaixas da cidade é enorme e, infelizmente, parece que irá se repetir em um futuro próximo.
A BH em Ciclo questiona a necessidade da BHTrans de pintar as ciclovias e ciclofaixa, em todo o seu percurso, uma vez que a tinta é um material caro e onera, sem necessidade, o projeto final de cada trecho. Ademais, a tinta utilizada atualmente é escorregadia e, no período chuvoso, torna-se uma ameaça contra os próprios ciclistas.
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Os erros são latentes e aponta-se alguns deles aqui:
– Pintura e tinta de baixa qualidade;
-Mau planejamento e execução da pintura;
-Ciclofaixa feita utilizando a sarjeta como parte dela e, por isso, tem declives;
-Bueiros sendo parte da ciclofaixa e sem estarem no sentido contrário ao da circulação;
-Até o presente momento, falta de sinalização horizontal e vertical, luminosa ou não, que deem o mínimo de segurança ao pedestre, ciclista e demais usuários da via ao lado;
-Falta de integração entre os trechos da própria ciclofaixa.
Concordo com vc Guilherme… a cor é um problema pequeno perto dos vários outros, principalmente em relação à segurança… foi apenas uma curiosidade minha mesmo, rsrs…
Isso é um anexo ao CTB, correto? E, como vários artigos do próprio CTB, sem ser da parte anexa, isso não é regulamentado em BH (como o próprio cumprimento do 201).
Me parece que o menor problema seja a cor das ciclovias/faixas. A qualidade da tinta é, sim, algo que deveria ter sido levado em consideração e não o foi, como você pode-se ver por essas fotos.
Porque é utilizado faixa verde para ciclovia ??? sendo que no Código de Transito Brasileiro ciclovia é vermelha e não existe sinalização horizontal verde.
Sérgio,
Não há nada no CTB que diz que as ciclofaixas e ciclovais têm de ser pintadas de vermelho. A aplicação da cor é subjetiva às administrações públicas. Em BH, a sinalização verde significa que o ciclista pode pedalar mais “relaxado”. As áreas vermelhas correspondem aos locais onde tem de estar atento ao seu em torno.
A sinalização horizontal se apresenta em cinco cores:
– Amarela: utilizada na regulação de fluxos de sentidos opostos; na delimitação de espaços proibidos para estacionamento e/ou parada e na marcação de obstáculos.
– Vermelha: utilizada para proporcionar contraste, quando necessário, entre a marca viária e o pavimento das ciclofaixas e/ou ciclovias, na parte interna destas, associada à linha de bordo branca ou de linha de divisão de fluxo de mesmo sentido e nos símbolos de hospitais e farmácias (cruz).
– Branca: utilizada na regulação de fluxos de mesmo sentido; na delimitação de trechos de vias, destinados ao estacionamento regulamentado de veículos em condições especiais; na marcação de faixas de travessias de pedestres, símbolos e legendas.
– Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pessoas portadoras de deficiência física, em áreas especiais de estacionamento ou de parada para embarque e desembarque.
– Preta: utilizada para proporcionar contraste entre o pavimento e a pintura.
Fonte: http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/CTB_E_LEGISLACAO_COMPLEMENTAR.pdf