A BH em Ciclo participou de mais uma prestação de contas da Prefeitura de Belo Horizonte na Câmara Municipal. Desta vez a pauta era a análise do 3º quadrimestre de 2012.
Depois da fala de todos os vereadores presentes e dos secretários da Prefeitura, um membro da BH em Ciclo indagou a prefeitura a razão de o programa Prioridade ao Transporte Coletivo ter tido uma execução orçamentária tão baixa ( 24%, segundo dados construídos entre o Movimento Nossa BH e a BH em Ciclo), assim com a subação “Implantação do Projeto Pedala BH (7% do total que havia sido orçado – 7 milhões de reais). Em contrapartida, a BH em Ciclo questionou a execução orçamentária do programa Corta Caminho (62%), que incentiva a utilização do automóvel na cidade por meio da abertura de vias nos bairros e regiões longe do hipercentro, com intuito de desafogá-lo.
Infelizmente, por uma condução nada democrática do vereador Henrique Braga, que deu mais voz ao poder público municipal do que para a sociedade civil e por falta de alguém capaz de responder as indagações, a BH em Ciclo não teve seus questionamentos respondidos.
O secretário Thiago Grego, Secretário de Orçamento, pediu que a BH em Ciclo envie um ofício para ele com os questionamentos feitos na audiência para que ele possa encaminhar à BHTrans.
Outro ponto que vale ser ressaltado sobre a execução orçamentária é a presença das subações “Implantação do Projeto Pedala BH” e “Elaboração de projetos de km de Ciclovias” na área de resultado Cidade Sustentável. A bicicleta é, de fato, um veículo sustentável, ambientalmente correta e tem outros benefícios, mas ela deve ser compreendida como parte da solução para a mobilidade urbana na cidade e, por essa razão, deveria estar contida na área de resultado Cidade com Mobilidade (como o Corta Caminho e o Prioridade ao Transporte Coletivo, ambos supracitados).
O Pedala BH em números:
No ano de 2012, o total orçado para o projeto (que é , na verdade, uma subação do program Estruturação Urbana), era de R$ 7,021.896. No entanto, o valor executado foi de apenas R$ 396.540,45, o que equivale a 6% do valor total.
Outra subação dentro do programa Estruturação Urbana é a “Elaboração de projetos de Km de Ciclovias”. O montante orçado para essa subação foi de R$ 911.004. Desse total, foi executado 46%, ou seja, R$ 414.532,23.
Surgem, desses dados, alguns questionamentos que serão levados à BHTrans. Entre eles está a dúvida sobre porque projetos tão caros de ciclovias ficaram tão mal feitos e fora das normas técnicas (vide exemploes postados aqui no blog)?
Outro ponto que será levantado pela BH em Ciclo é porque projetos que incentivam a utlização de carros na cidade têm tanta prioridade e respaldo da prefeitura perante os de utilização de transporte coletivo e não motor.