No Dia Mundial sem Carro, celebrado em 22 de setembro, a Clarisse Lessa, associada da BH em Ciclo, experimentou se deslocar de casa para o trabalho com uma bicicleta dobrável! Ela compartilhou a experiência e a gente conta tudo aqui :)
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“Moro no Sagrada Família, trabalho na Cidade Administrativa, e a Estação Horto é a mais próxima de casa. São 30 minutos de caminhada até lá. Mas com o carro, faço os mesmos 30 minutos para chegar na CAMG. Estava matutando há um tempo sobre a ideia de comprar uma dobrável pra fazer este percurso (casa-metrô). Foi aí que consegui uma dobrável emprestada para testar.
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Casa > Estação Horto
8h17-8h30 (1,8 km)
Cheguei na Estação Horto em 13 min pela Silviano Brandão (segundo o Google, o tempo previsto é de 6 min). Na estação fui muito bem recebida pelos operadores da CBTU. Me perguntaram o valor da bike, como dobrava, se era pesada. Perguntaram também se eu queria ajuda, mas eu disse que era um teste e agradeci.
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Estação Horto > Estação Vilarinho
8h36-8h56 (10,5 km)
O metrô chegou e embarquei. Confesso que fiquei meio sem saber onde era o melhor local para a bike. O metrô estava vazio e deixei ela do meu lado.
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Estação Vilarinho > Cidade Administrativa
8h56-9h28 (4,6 km)
O único empecilho foi a escada rolante desligada na Estação Vilarinho. Dei uma suada levando a bike carregada até o terminal Norte, mas não achei tão pesada. Várias pessoas também me perguntaram sobre o preço da dobrável, o peso e tal… Antes de embarcar no ônibus Gonzagão [que leva à CAMG e tem esse nome por ser um veículo sanfonado], parei e tomei um cafezinho no Shopping. Chegando lá, prontamente o segurança me direcionou pro elevador de carga.
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Retorno
De ônibus, fui pra Praça da Liberdade. Entrei na porta do meio e paguei a passagem em seguida. Dei uma desequilibrada pra levantar a bike, mas aí acho que é falta de costume. Lanchei com uma amiga e parti para a bicicletada. Cheguei atrasada, mas consegui alcançar a galera! E aí, só alegria pelas ruas de BH :D
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Realizo o percurso de carro em 35 minutos, até o prédio onde trabalho. De bike, fazendo integração, gastei 55 minutos. Podia ter gastado menos se não fosse a escada rolante parada e um stop pro cafezinho. Se eu passar a usar a bike todos os dias, economizaria – com relação à gasolina – 200 reais por mês, já descontando o gasto com o metrô. Os ganhos são maiores, além da economia financeira. O mais legal foi ver o interesse das pessoas durante o percurso – usuários e operadores do metrô e do ônibus, e também colegas de trabalho – ontem e hoje, e também no Facebook.
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Com o test drive decidi comprar a minha dobrável. Dividindo em várias vezes e indo com ela pro trabalho, nem vou sentir a diferença no bolso”