A obra o Brasil que Pedala vem ganhando repercussão nacional por sua importância inegável na construção de uma perspetiva positiva da mobilidade ativa no Brasil. “Cada cidade retratada no livro tem uma contribuição única à cultura da bicicleta no país. Cada uma vem encontrando sua maneira de resistir à crescente motorização e manter viva essa cultura. Seja através de forte reconhecimento à tradição, seja através de pontuais (e ainda incipientes) políticas públicas. Os dados tanto quantitativos quanto uma análise mais qualitativa do uso de bicicletas em cidades tão distintas umas das outras, de biomas e características morfológicas tão diferentes, reforçam a ideia de que trabalhar com “modelos” não é o caminho mais indicado.” Trecho da entrevista para oNexo, com André Soares e Daniel Guth.

Pedro Leopoldo, na nossa região metropolitana, é um excelente exemplo não engolido pelo desenvolvimentismo. Com suas especificidades, traz a tona o dissenso com os municípios vizinhos e a própria Belo Horizonte. Lá, a cultura da bicicleta é enraizada na vida do pedro-leopoldense. Sendo o modal compreendido como natural no cotidiano da população. Mulheres, homens e crianças pedalam como as outras gerações locais pedalaram. A verdade, é que não se trata de seguir um m08delo pragmático, mas de entender que a lógica aplicada aos grandes centros e até pequenas cidades de forma recente, tem seus dias contados na mobilidade brasileira.

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